Documento simples ANTT/35678 - Livro do morgadio do Canidelo

Zona de identificação

Código de referência

PT/BNP/ ALB/ANTT/35678

Título

Livro do morgadio do Canidelo

Data(s)

  • 1458-[c.1496] (Produção)

Nível de descrição

Documento simples

Dimensão e suporte

[1]+41+[1] fl. (trunc.); em suporte papel.

Zona do contexto

Nome do produtor

Ribeiro, Fernão (flor. 1487-1496) (flor. 1487-1496)

História biográfica

Nome do produtor

Sousa, Filipa de (flor. 1487-1513) (flor. 1487-1513)

História biográfica

Nome do produtor

Nome do produtor

Almada e Lencastre Bastos. Família ([ant. 1912]-[19--]) ([ant. 1912]-[19--])

História biográfica

Nome do produtor

Entidade detentora

História custodial e arquivística

A produção documental teve origem aquando da fundação do morgadio do Canidelo, em 1458, pelo testamento de Inês Vasques Ribeiro, que nomeia como primeiro administrador o sobrinho João Vasques Ribeiro, cavaleiro da casa do Rei e morador no Porto. Os documentos transmitem-se acompanhando uma sucessão canónica em morgadio até à inexistência de herdeiros masculinos na quarta geração após a do primeiro administrador. O casamento da única herdeira deste, c. 1565, com Francisco Ferreira Furtado de Mendonça, morgado de Argemil e Fajozes, faz com que o morgadio do Canidelo passe para esta última família fidalga da região do Porto, com vastas propriedades, ao que tudo indica de um extracto social superior. Os morgadios assim reunidos, e respectiva documentação, terão entrado cinco gerações mais tarde na família de Diogo Pereira Forjaz Coutinho, pai da viscondessa de Vila Nova de Souto del Rei (por casamento) que herdará os bens por morte sem descendentes do seu único irmão. Porém, no estado actual da investigação é impossível conhecer ao certo toda a história do arquivo, sendo por exemplo visível em documentação ainda não organizado do Arquivo Almada Lencastre Basto, que, no por 1682, a herdeira dos morgadios do Canidelo, Argemil e Fajozes, Francisca Luísa, e o seu marido João Manuel de Meneses, não teriam o original do livro, requerendo uma cópia ao corregedor e provedor da comarca do Porto, a partir da cópia existente no convento de São Domingos desta cidade; mas esse mesmo original (tal como o pedido de treslado e a correspondente pública-forma) encontra-se no actual arquivo Almada Lencastre Basto e é o documento aqui descrito.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

O documento é descrito, em 1498, aquando da entrega ao juiz e contador dos resíduos da comarca de Entre-Douro-e-Minho por Filipa de Sousa, para prova e cópia , como "hum livro encadernado em que estavam as herdades da dita capela, escrito por o dito Fernão Ribeiro, que foi administrador, e todas as herdades declaradas, e mais o testamento do instituidor". Será assim um importante testemunho de registo autógrafo de um proprietário, que compila e copia documentos de diferentes natureza, actualizando escritos anteriores do Pai e usando o documento para gestão corrente. A estrutura do livro é tripla, fazendo dele um compósito de tombo, registo de documentos, instrumento de gestão e memorial. Principia pelo tombo propriamente dito das propriedades, organizado por "quintas" distintas em "títulos", após os quais são listados os casais, foreiros e rendas; as listas são cuidadosas e precisas, e destinadas à utilização corrente. Neste sentido, o elenco é muito mais do que um simples tombo administrativo, é o registo de uma actividade quotidiana. O seu autor explica que cada entrada conterá informações relativas às dimensões, confrontações, foreiros, tipo de foro e pagamento. O segundo elemento do livro, separado do tombo dos restantes bens, é a lista de obrigações fúnebres devidas a João Álvares Ribeiro, e dos bens a elas adscritos, bem como o testamento da instituidora. O redactor faz comentários, no próprio texto, sobre a ligação entre os bens e as cerimónias por alma. O livro encerra com uma lista de bens que vieram a Fernão Álvares Ribeiro de outros modos, marcando a sua posição como bom herdeiro, administrador cuidadoso na gestão das propriedades e respectivo arquivo.

Avaliação, selecção e eliminação

Ingressos adicionais

Sistema de organização

Zona das condições de acesso e utilização

Condições de acesso

Condiçoes de reprodução

Idioma do material

Script do material

Cota(s)

Nos Reservados da BN, o documento deve pedir-se por Arquivo Almada Lencastre Basto - Secção ANTT, pasta 35, cx. 4, doc. 678.

Características físicas e requisitos técnicos

Instrumentos de descrição

Zona da documentação associada

Existência e localização de originais

Existência e localização de cópias

Existem várias cópias do documento, em pública-forma: Arquivo Almada Lencastre Basto - Secção ANTT, pasta 35, cx. 4, doc. 677a e 678a

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Zona das notas

Nota

Nota ao elemento de informação "Existência e localização de cópias" da zona de documentação associada: as públicas-formas referidas são bastante posteriores (séc. XVII, séc. XIX), estão truncadas no final, e será preciso estudá-las melhor de modo a definir o contexto e alguns dados formais. São um recurso indispensável porque contêm a cópia de todo o documento, cujo original está truncado no início e fim. É quase certo que a reorganização do arquivo venha a revelar mais cópias.

Identificadores alternativos

Pontos de acesso

Pontos de acesso - assunto

Pontos de acesso - lugares

Zona do controlo da descrição

Identificador da descrição

identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

CONSELHO INTERNACIONAL DE ARQUIVOS — ISAD(G): Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística. Trad. Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição em Arquivo. 2.ª ed. Lisboa: Instituto dos Arquivos Nacionais/Torre do Tombo, 2002, 97 p.
DIREÇÃO GERAL DE ARQUIVOS; PROGRAMA DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO; GRUPO DE TRABALHO DE NORMALIZAÇÃO DA DESCRIÇÃO EM ARQUIVO – Orientações para a descrição arquivística. 2.ª v. Lisboa: DGARQ, 2007, 325 p.

Estatuto

Preliminar

Nível de detalhe

Parcial

Datas de criação e revisão

2015-05-01; 2015-06-24.

Idioma(s)

Script(s)

Fontes

ROSA, Maria de Lurdes - O morgadio em Portugal, sécs. XIV-XV. Modelos e práticas de comportamento linhagístico. Lisboa: Estampa, 1995, p. 226 e ss.

Nota do arquivista

Criado por Maria de Lurdes Rosa.

Metadados de objeto digital

Nome do ficheiro

BN_Livro_do_morgadio_do_Canidelo_fl.1.jpg

Tipo de suporte

Imagem

Mime-type

image/jpeg

Tamanho do ficheiro

2 MiB

Transferido

19 de junho de 2015 09:38

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Zona da incorporação